domingo, 18 de janeiro de 2015

CASAS


Toco: de 1972 a 1997, na Vila Matilde, Zona Leste, capacidade para 4.000 pessoas. A Toco também realizou diversos shows com atrações nacionais e internacionais, inclusive o Company B, em comemoração ao Disco de Ouro pela vendagem de mais de 100 mil cópias do álbum “Toco House Hits”.

Overnight: A casa noturna Overnight foi inaugurada em 1988 pelo empresário Carmo Cunfli e ficava situada na Rua Juvenal Parada no bairro da Móoca destacando-se pela sua tecnologia de som e iluminação. Juntamente com a Toco e a Contra Mão, a Overnight foi responsável pela divulgação e propagação da musica eletrônica e passaram por lá DJ´s famosos como, Marky, Mau Mau, Patife, Renato Lopes e astros estrangeiros como Sasha e Bad Company . Os DJ´s que fizeram história na casa noturna foram Badinha, Andy, Grace Kelly Drum e Dabolina. A festa de encerramento das atividades da Overnight foi em julho de 2.004 e foram 16 anos de existência. 
O álbum de estréia da Overnight foi lançado somente em 1990 pelo selo Stiletto e trazia como destaque os hits no estilo New Beat e Industrial (EBM).
Atualmente a Over Night foi aberta em outro local na Vila Olimpia...mas, como sempre digo: os tempos são outros.

Contra Mão: Localizada no Tatuapé, Zona Leste, não era tão grande quanto A Toco, mas energia, alegria, vibração e curtição não faltavam na pista da Contramão. Point obrigatório para quem agitava na região da Praça Silvio Romero, a Contramão alegrou a galera durante 12 (doze) anos, de 1980 até que fechou as portas em 1992. 
O ambiente era extremamente agradável, havia uma pista de tamanho médio, mas parecia maior do que era quando estava lotada, aquilo bombava, seja no sábado ou na matinê de domingo. 
A Contramão foi a responsável pela realização dos shows das bandas Siouxsie and The Banshees e The Bolshoi no Brasil, apesar de não representarem exatamente o perfil da casa, esta iniciativa vale ser destacada.

Up & Down: Localizada da Rua Pamplona,1418 a casa começava a funcionar a partir das 22 horas e ficava tocando as músicas de começo de balada com um volume baixo para que o pessoal pudesse conversar, mas quando dava meia-noite todos olhavam para cima para ver o show de iluminação comandado por computador. Nas pick-ups além de muito Flash House, podia-se ouvir alguns ícones do EBM, que bombavam as casas do Jardins, como Rigor Mortis e On Command da Split Second, detalhe que diferenciava a Up & Down de todas as outras casas que rolavam House em São Paulo, além é claro de muito New Order, Yazoo, Pet Shop Boys, etc. 

01 - Depeche Mode - Behind The Wheel (Shep Pettibone Remix)
02 - Capricorn - 20 HZ
03 - Hi-Gate - Pitchin' (Remix)
04 - Steve Lawler & Detlef - Work it to the Bone (Rework)
05 - Front 242 - HeadHunter (OPH)
06 - Remix Red Flag - Russian Radio (Remix)
07 - Out Of The Ordinary - Play It Again
08 - Liaisons Dangereuses - Los Ninos Del Parque

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

NEW BEAT & EBM SESSION


O New Beat, como gênero musical que explodiu em meados de 87, surgiu na Bélgica com fortíssimas influências do Acid House e de bandas E.B.M., como Front 242, Split Second, The Neon Judgement. Curiosamente este estilo começou por acidente através do DJ Marc Grouls, que pegou o single 12" da música "Flesh" do Split Second que possui rotação 45 rpm e a tocou sem querer em 33 rpm, nascia ali o New Beat!

A principal característica foi a criação de músicas com batidas lentas e pesadas, combinadas a novos elementos de Acid House com timbres que existiam na música belga. Enfim, o New Beat era a mais nova criatividade da música eletrônica naquela época.

Patrick De Mayer, produtor que criou e lançou vários hits de sucesso no mundo New Beat. Com vários pseudônimos, Patrick fez sucesso principalmente com seus projetos Tragic Error e T-99. Ajudou até a produzir o primeiro álbum do Confetti's.

Os belgas gostaram desse novo estilo e então os clubes e danceterias principamente de Bruxelas e de todo Reino Unido aderiram a nova febre, onde posteriormente chegaria e faria sucesso em outros países da Europa, atingindo até as Américas, principalmente nos Estados Unidos e Brasil.

Para alegria e felicidade dos fãs do gênero, outros grupos surgiram para embalar ainda mais o New Beat, Amnsesia, The Maxx, O'kay, S-50 Projekt, etc...sem contar Zinno, que já fazia New Beat mesmo antes do termo existir, no ano de 1985 com o hit "What's Your Name". Já em 89 lançaram "Russian Roulette", hit que marcou muito, principalmente aqui no Brasil em casas noturnas como Contra-Mão, Toco, Over Night...por enquanto vamos acompanhar esses:
01 - Depeche Mode - Never let me down again (Aggro Remix) 
02 - Shift - Electrofixx 
03 - PORNOTANZ - CYSEX (GATE EDIT) 
04 - Die Krupps & Nitzer Ebb - Machinery Of Joy 
05 - Tribantura - Lack of Sense 
06 - Shift - Obertica 
07 - A head - Deep Down 
08 - Blind Vision - Near Dark 
09 - Negro Sex - Techno La Droga 
10 - Bigod20 - Acid to body 
11 - Blind Vision - Dont Look At Me 
12 - Nitzer Ebb- Hearts and Minds 
13 - The Twins - Birds and Dogs 
14 - Robotiko - Umztursz Jetzt?
15 - New Beat - Dj Joel Remix (México)

sábado, 3 de janeiro de 2015

MINIMAL WAVE


Em agosto de 2014 Natalia Baró definiu o que seria Minimal Wave: 
O mar faz com que a música eletrônica seja densa e profunda. E uma vez que você tropeçar em cima do Minimal Wave cativa com som repetitivo, fortes e frios e mergulhar na atmosfera que se segue. Não há como voltar atrás.
Mas o que é o Minimal Wave?

Essencialmente, é o nome coletivo para os artistas que pertenceram ao lado mais experimental, sem representação da New Wave. Jovens, que inspirado pelas possibilidades criativas, sintetizadores e baterias eletrônicas oferecidos, estúdios de gravação improvisados em seus quartos e graças a uma de quatro pistas e trabalho duro tem auto-produzir suas músicas em fita cassete. Com atitude pura de DIY (Do It Yourself) é o que caracteriza o gênero, mais do que inspiração movimentos de vanguarda, como Construtivismo, Futurismo e existencialismo como filosófico.

No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, as condições para o surgimento do gênero ocorreu. Primeiro, sintetizadores e baterias eletrônicas, entre outros instrumentos estavam disponíveis para esses jovens ansiosos para explorar e experimentar o seu lado criativo depois de ser fascinado por batidas eletrônicas e sintéticas que prevaleciam na época, e em segundo lugar cultura DIY e cassete, deu possibilidade de fazer.

Mas o nome que dá coesão a todo o grupo que saiu na época com som e atitude semelhante, Minimal Wave em 2005, muitos desconheciam, até que nesse ano, Veronica Vasicka, criadora do Minimal Wave Records, quis dar voz a todos os grupos e artistas escondidos na história e assim desenterrar seu material para que as novas gerações poderiam apreciá-los. Sob um nome que engloba tudo, se o Cold Wave, Synthpop, Synthpunk, Electropop ou Minimal Eletronics, realiza um extenso trabalho para preservar o som do gênero e continuar o mesmo, criando um universo único em torno destes ritmos escuros e densos.

O estilo está em perfeita harmonia entre as estruturas minimalistas e matérias-primas, padrões repetitivos curtas e ritmos mecânicos. Os vocais são contra a natureza sintética e artificial da base de texturas melódicas e fornecer pistas para a essência do gênero. Estética e atitude fria e mecânica se encaixa perfeitamente com o som.
01 - Nine Circles - Miss Love
02 - Solvent - My Radio
03 - I-F - Space Invaders are Smoking Grass
04 - Modèle Mécanique - Dark of the Moon
05 - Turquoise Days - Grey Skies
06 - Martial Canterel - Frozen Ghetto
07 - Rorschach Garden - State Protection
08 - Mekanik Kommando - Microbes
09 - Esplendor Geométrico - Trybuna Robotnicza I
10 - Calva Y Nada - Fuera