domingo, 1 de agosto de 2010

DEPECHE MODE

 Tudo começou na cidadezinha de Basildon no condado inglês de Essex, quando um garoto de 16 anos chamado Martin Gore colecionador de compactos e fã de Bryan Ferry comprou um teclado. O segundo passo foi chamar dois ex-colegas de escola Andrew Fletcher e Vince Clarke que dividiam seu tempo entre empregos aborrecidos e uma banda chamada No Romance In China, especializada em covers do Cure.
Ainda sem um nome definido o trio foi visto por Daniel Müller fundador do selo independente Mute Records, abrindo um show da banda Fad Gadget em Dezembro de 1980, e convidou o grupo para participar de uma coletânea o LP tinha o nome de Some Bizarre Álbum que reuniam grupos novatos, entre eles B-Movies, Blancmange, The Fast Set, The The e Soft Cell. A faixa escolhida foi “Photographic”.
A primeira apresentação do grupo aconteceu na escola Saint Nicholas onde Martin Gore e Andrew Fletcher estudavam. Logo depois gravaram uma fita demo e enviaram para todos os clubes de Londres onde conseguiram uma vaga para tocar no Bridgehouse Club num evento batizado de "Noite Futurista". Só faltava um vocalista e um nome. David Gahan um ex-punk e estudante de estilismo trouxe a voz e um nome retirado de uma revista de moda francesa algo como depressa moda ou moda passageira - Depeche Mode. A maior duvida de seus integrantes era abraçar o pop deslavado ou a experimentação eletrônica. O grupo passou os anos 80 atormentados entre a descartabilidade e a eternidade. O lançamento de Speak & Spell encontrava o Depeche Mode em condição de sucesso garantido, a decepção foi a saída de Vicent Clarke pouco antes da primeira turnê Britânica, Clarke abandonou o Depeche Mode, por motivos até hoje não muito claros, Clarke se revelaria um ótimo compositor e mais tarde com Andy Bell formaram o Erasure. Não deu outra em setembro de 1981 "Just Can't Get Enough" explode nas pistas de dança do mundo inteiro, uma das poucas letras assinadas por Clarke. Com a saída que Clarke, o Depeche Mode abriu as portas para Alan Wilder que achou o Depeche Mode nas paginas de um classificado do seminário Melody Maker.
A primeira turnê americana logo depois do lançamento de A Broken Frame em 1982, explodiu em popularidade no EUA, aos poucos o som da banda começou a mudar, o tecnopop começou a receber influência do rock industrial no álbum Constrution Time Again é considerado um divisor de águas na história da banda, quando ela entra definitivamente no cenário musical, com composições mais obscuras, profundas e sonoramente mais industrial. Nesse álbum em que o Depeche Mode começou a amadurecer vertiginosamente, caindo em uma depressão romântica e obscura que seria fundamental no próprio estilo da banda.
Some Great Reward de 1984, traz a tona faixas como People Are People é um dos principais singles da carreira da banda, sendo um mega-sucesso nos E.U.A. e Reino Unido, alcançando a posição 13 e 4, respectivamente. No entanto, não é uma das musicas favoritas da banda, por ser muito comercial, e também é a que o compositor Martin Gore menos gosta, por sua mensagem ser explícita demais.
Em contrapartida, Master And Servant é bem menos comercial, tratando de sado-masoquismo e abusos morais com um clima dançante e forte; foi censurada nos E.U.A., mas a pressão foi grande dos ouvintes em cima das rádios e acabou sendo liberada. Blasphemus Rumours outra faixa de sucesso, disco de platina nos Estados Unidos, foi uma reflexão a partir da religião até o suicídio de uma garota, a musica causou represaria por parte de organizações conservadoras, nesta ocasião Andrew declararia a imprensa:
" Nos não fazemos musicas somente para dançar. "
As turnês mundiais se estendiam e no Japão quase se tornaram uma religião e trouxeram na bagagem o disco Black Celebration, o primeiro lançado no Brasil na época. É um dos melhores da banda pelos críticos e fãs, devido a mudança definitiva da banda para uma natureza gótica, sombria e depressiva. Um disco pesado emocionalmente com musicas sombrias onde a sonoridade eletrônica tem identidade forte.
O álbum não trouxe nenhum grande sucesso, mais é cheio de singles que a grande maioria dos fãs consideram favoritos, como Stripped, A Question Of Lust, A Question Of Time e Black Celebration.
Em 1986 eles gravam Music for the Masses e explodem novamente nas pistas de dança com StrangeLove e Behind the Wheel.
Foi a primeira vez que o Depeche Mode usou uma guitarra. Esse álbum marca o que foi considerado pela crítica um verdadeiro "salto musical". Á partir deste, o Depeche Mode quebrou barreiras, se estabeleceu como um dos maiores representantes da música eletrônica e um dos mais influentes grupos alternativos da sua época.
O álbum fez um estrondoso sucesso nos Estados Unidos e espalhando a fama da banda pelo mundo definitivamente. Foi considerado um álbum bastante experimental e ainda um dos melhores dos anos 80, também devido à decisão do Depeche Mode de abandonar os samplers e partir para um som mais experimental, usando sintetizadores analógicos. Esse álbum é constantemente citado como uma grande inspiração para a emergente música eletrônica do início dos anos 90 e até mesmo bandas de Rock Smashing Pumpkins e Deftones admitem terem sido fortemente inspirados pela banda e por esse álbum em especial.
Com 10 anos de carreira, Violator é o álbum do Depeche Mode, de 1990, disco é lembrado como a obra-prima da banda, um dos mais importantes da música eletrônica e um dos melhores da história, com uma variedade de músicas muito bem aproveitada, arranjos diferentes e inspirados com uma composição sólida de ambas as letras e harmonia.
O álbum foi a maior de todas as transformações sonoras da banda, abandonando definitivamente o Synth Pop e samplers dos anos 80 e se dedicando a sintetizadores analógicos em prol de uma espécie de "Rock eletrônico dançante", que posteriormente seria chamado de Synth Rock. É um dos mais influentes álbuns do Depeche Mode, inspirando bandas como Pet Shop Boys e Smashing Pumpkins.
Nunca um álbum de música eletrônica havia causado tanto frisson e alcançado tamanha popularidade assim desde Music For The Masses do mesmo Depeche Mode e Power, Corruption and Lies do New Order. Todos os seus singles fizeram um enorme sucesso e se tornaram clássicos instantâneos do grupo. É um álbum chave na história da música eletrônica, já que no mesmo ano a "Dance Music" explodiria no mundo todo, com Depeche Mode quase pastoreando o fenômeno.
A música Personal Jesus virou uma mania no mundo todo e é constantemente colocada entre as melhores de todos os tempos, como um importante single, best-seller e uma faixa de ótima qualidade. Tem uma batida country, energia contagiante e fortíssima composição.
O Mega-Hit do álbum, na verdade, é Enjoy The Silence, uma das mais populares músicas do Depeche Mode e colocada como uma das rainhas da Música Eletrônica, ao lado de Bizarre Love Triangle do New Order, Robots do Kraftwerk e West End Girls, dos Pet Shop Boys.
Agora pare respire fundo e esqueça tudo o que você já ouviu sobre os magos da sofisticação eletrônica, sim o Depeche Mode é rock, Songs of Faith and Devotion é a primeira vez que o Depeche Mode usou uma bateria acústica, sendo um álbum muito importante na história da banda por causa das várias influências de rock pesado, grunge e até gospel em suas letras e ritmos, contando com a presença de duas ótimas Backing Vocals.
É bastante inovador e fez um grande sucesso no mundo todo, tomando de assalto o primeiro lugar tanto nos Estados Unidos (na Billboard) quanto no Reino Unido, também disco de platina nos E.U.A. Um disco suave religioso e introspectivo. Desde seu nascimento em 1981 o Depeche Mode foi classificado e reconhecido pelo seu trabalho que aliou o romantismo e uma sonoridade eletro pop. O novo disco é bastante diferente, Martin Gore obcecado por letras que falam de sexo e religião, escreveu sobre o pecado, piedade, dor e absolvição. "Nunca fui cristão, mas sempre senti atração pela crença", conta Martin Gore. O vocalista David Gahan salientou que a intenção do álbum foi "levar as pessoas a encontrar o espiritualidade".
Lançou os sucessos I Feel You, Walking In My Shoes, Condemnation, Rush e In Your Room.
Foi apoiado pela Devotional Tour, a maior turnê do Depeche Mode até hoje. Nessa época, o sucesso da banda era gigantesco e os colocava no top das bandas alternativas. A turnê foi tão bem sucedida que teve que ser estendida e seu palco alterado, dando origem a Exotic Tour que contou com duas grandes apresentações no Brasil em 1994 e a Summer Tour, exclusiva dos norte-americanos, com shows tomando todo o verão. Foram 14 meses de turnê e aproximadamente 159 shows.
Para quem se chama moda passageira, os 17 anos são um desafio. Em 1997 o Depeche Mode chegou lá. Para que tentou se suicidar nós últimos 2 anos 2 vezes e depois das crises depressivas por causa da heroína, e sim chegou ser declarado clinicamente morto por 2 minutos sabe se la como voltou a vida depois de uma overdose de cocaína e heroína juntas, David Gahan está cantando como um Pavarroti da pop music. Depois de perder um dos seus principais integrantes Alan Wilder que deixou a banda devido o desgaste entre as relações, renascido das agulhas, David Gahan resolveu, então, seguir o exemplo de tantos outros roqueiros, juntou-se aos dois companheiros remanescentes, Martin e Andrew juntos desde formação da banda ajudaram a dar um toque de caráter e seriedade além de elegância ao contestado tecnopop dos anos 80. Uma década depois eles chamam o Bad Boy das pick ups Tim Simenon, o Bomb the Bass em carne e osso para produzir uma obra mais uma vez elegante e inspirada. A dance music do Depeche Mode não se restringe apenas as pistas de dança. Profunda as vezes até depressiva é uma ótima musica para o fim de noite. ULTRA. O seu lançamento foi marcado com certa tristeza e ao mesmo tempo, desconfiança dos fãs em relação à qualidade do álbum. Mas na verdade, é mais outro excelente material da banda e um álbum marcante na história do Depeche Mode, sendo esse o mais sombrio e pesado álbum da carreira da banda. Disco de Ouro no Brasil, enfim o Depeche Mode renasce das cinzas e traz a musica eletrônica novamente a um patamar único de genialidade.
Precursores da cena eletrônica e tendo influenciado meio mundo, de góticos a nu-metal, os ingleses do Depeche Mode são uma das pouquíssimas bandas dos anos 80 que não caíram no ridículo. Continuam lançando discos que, mesmo não sendo mais tão inovadores quanto os anteriores, continuam excelentes. Exciter é uma surpresa bem-vinda, considerado pelos fãs o acústico do Depeche Mode e pela critica considerado o melhor disco da banda desde o indispensável Violator aprimorando mais o seu som eletrônico-soturno, a banda mantém-se atual sem cair em clichês, o vocalista Dave Gahan continua injetando dramaticidade na dose certa em todas as músicas, com sua voz magnífica os arranjos e letras de Martin Gore são de bom-gosto, um álbum elegante. Desde “Dream On”, a faixa de abertura, nada é gratuito em Exciter. Um disco calmo equilibrado cheio de faixas calmas, mas de qualidade auditiva indiscutíveis, e que só lembra o velho Depeche Mode na faixa mais eletrônica e agitada, Free Loved.

Com 25 anos na estrada e mais de 90 milhões de álbuns vendidos, em 2005 o Depeche Mode declara-se "energizado e revigorado" Playing The Angel foi criado mais rápido que os dois últimos CDs da banda e, pela primeira vez, inclui três faixas escritas por Gahan. Outro fato inédito é que o produtor Ben Hiller co-produziu o disco com os integrantes do grupo.
Robert Smith do The Cure fez uma "brincadeira" com a banda da qual é fã declarado e declarou no site oficial do The Cure que iria processá-la devido ao suposto plágio da criatura da capa de Playing the Angel em relação ao seu álbum Boys Don't Cry, mas era só uma peça de primeiro de abril.
Suffer Well e Precious ficaram em primeiro lugar na parada "US Dance Hot Club" da Billboard, sendo que Suffer Well foi indicada ao Grammy por "Melhor Gravação Dance" em 2006.
Ainda em 2006 Depeche Mode levou o prêmio de melhor Banda no MTV Europe Music Awards Andrew Fletcher esteve lá para receber o prêmio que foi conquistado graças aos milhares de fãs que elegeram pela internet o Depeche Mode como a melhor banda de 2006.
A disputa não foi nada fácil, pois concorriam com as bandas The Black Eyed Peas, Red Hot Chili Peppers, The Pussycat Dolls e Keane.
"Sounds Of The Universe" lançado este ano, não traz maiores reminiscências do início da carreira do Depeche Mode. Dave Gahan, Martin Gore e Andrew Fletcher continuam sombrios, com letras depressivas e resvalando no rock industrial. Mas, peraí... Isso não é uma crítica. Em "Sounds Of The Universe", o Depeche Mode se mostra o verdadeiro... Depeche Mode.
O diferencial de um grande artista é saber se atualizar, fazendo trabalhos originais sem perder a sua essência. E o Depeche Mode, certamente, é a banda que melhor consegue fazer isso atualmente. "Sounds Of The Universe" é sombrio. Mas qualquer um vai notar que ele é o caminho natural que a banda está trilhando. A música continua para as massas. Mas agora as massas já estão acostumadas - e sabem o que esperar .Em "Sounds Of The Universe" é fácil observar porque o Depeche Mode, quase 30 anos após a sua fundação, permanece tão influente. Diferentemente de diversas bandas que surgiram nos anos 80 - algumas em atividade até hoje - Martin Gore e companhia sabem se atualizar sem perder a essência, ao invés de requentar estilos e sonoridades antigas para agradar aos saudosistas, o Depeche Mode se transforma e apresenta canções novas e originais, sem qualquer ranço de nostalgia.
A sonoridade e os timbres alcançados em "Sounds Of The Universe" beiram o fantástico em alguns momentos.
O primeiro single do álbum, "Wrong", por exemplo, mostra um Depeche Mode simples, mas, ao mesmo tempo, cheio de referências, ao misturar os sintetizadores típicos de seus trabalhos iniciais a algo mais pesado e sombrio que transita entre "Songs Of Faith And Devotion" (1993) e "Exciter (2001). "In Chains", com os seus barulhinhos, é outro grande destaque, que segue o mesmo nível de "Wrong".
Com quase 30 anos de carreira a moda passageira talvez seja uma das a bandas com um dos fãs mais fiéis da musica, se alto denominam devotos, por que Depeche Mode ultrapassa em muitos momentos a admiração e vira uma religião a Tour do álbuns Sounds of the Universe, denominada Tour the Universe, será o show que veremos em Buenos Aires com certeza será um espetáculo único e imperdível, o Depeche Mode pode provar que é como os bons vinhos.
01 - Just Can't Get Enough ( live ) - Erasure
02 - Just Can't Enought - Depeche Mode
03 - World in My Eyes - The Cure
04 - World in My Eyes - Depeche Mode
05 - Waiting For The Night - Portishead
06 - Waiting for the Night - Depeche Mode
07 - Never Let Me Down Again - The Smashing Pumpinks
08 - Never Let me Down Again - Depeche Mode
09 - Master & Servant - Nouvelle Vague
10 - Master and Sevant - Depeche Mode
11 - Enjoy The Silence - Tanghetto
12 - Enjoy the Silence - Depeche Mode
13 - Enjoy The Silence - Originally Per
Voz,texto e set list: Luis Fernando
Edição de som & Imagens: Maurilio Santos



http://www.4shared.com/audio/vHcy3C8j/Depeche_Mode_Undergrounder.html

4 comentários:

Luis Fernando.DM disse...

Maurilio a casa nova ficou muito bonita, muito legal mesmo!

Anônimo disse...

Meu querido amigo Luis, teu programa ficou showwwww!!! Acompanho desde sempre o teu blog http://luisfernandodm.blogspot.com/ para saber mais e mais sobre nossa banda e sempre vc tem algo novo para nos ensinar! Parabéns!!!! Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Putz... e dia 17 é nóis na GRADE! Ai tá perto!!!
bjssssssssssssss

Anônimo disse...

Meu querido amigo Maurilio! O Under é 10 SEMPRE!!! Só num espaço como esse a gente encontra essa diversidade de sons tão maravilhosos!!!! PARABÉNS!!!

Inês disse...

Parabéns pelo post! Muito bem selecionadas as músicas e, com certeza, mergulhei no mundo dos DM lendo o texto e ouvindo o som!!!
É uma pena não poder ir ao show!!!